O chapéu para a esmola, o blues na sacola e os pés no chão. Esta frase marca a música Velho Vagão e traduz, um pouco, o verdadeiro espírito blues. Com a idéia de pegar a estrada, ganhar experiência e preservar a sua raiz musical a Big Bat Blues Band é uma daquelas bandas que refletem o significado do próprio estilo. Quando se fala em blues no Espírito Santo, a primeira referência dos críticos é esta banda, que desde 1993 tem a tradição do gueto negro, representado em seu trabalho.
Atualmente a Big Bat Blues Band tem uma formação voltada para a guitarra e possui em seu escrete: Eugênio Goulart, Marcelo Maia, Cláudio França, Sandro Costa e Bruno Zanetti. O vocalista Eugênio concedeu a entrevista para o Blog Deadline7.
A história do blues é rodeada por lendas que envolvem animais, como a do Black Cat Bone e a do Little Red Roostes, mas de onde surgiu o nome Big Bat Blues Band?
O Cláudio tinha um Chevette preto, o primeiro carro que ele comprou, que lembrava um grande morcego. O Big Bat também lembra uma figura noturna, e o blues acontece à noite. Houve um período da banda em que queríamos mudar o nome do grupo, mas Big Bat ficou no inconsciente do público.
Como você e o Cláudio se conheceram e resolveram fazer blues?
Foi em 1991. Trabalhávamos na agência Criativa Propaganda e depois do serviço o Cláudio estacionava o Chevette, o Big Bat, na frente da minha casa para tocarmos o velho blues. Nessa época, o carro era uma figura importante para nós. Uma personalidade. Tanto é que deu nome à banda, futuramente.
Cantar coisas de 1920, 1930 ou 1940 era nossa paixão. Ninguém ouvia isso no rádio, mas, na noite, quando tocávamos, as pessoas viam aquilo e voltavam na outra semana, mesmo sem saber quem era Howlin' Wolf ou Elmore James. Vimos que podia dar certo. Nós gostávamos do som e estávamos agradando, então resolvemos continuar. Tínhamos autenticidade. O Fabinho, do Mahnimal, sempre fala que a Big Bat é uma banda que tem um estilo e é fiel a ele. Cantamos coisas de fora, mas fazemos do nosso jeito.
Em 2003 vocês gravaram o disco TODODIAÉDIADEBLUES e lançaram no ano de 2005. O que a formação que gravou o disco representa para a banda?
A formação com Zé Roberto, Eliezer, Douglas, Cláudio, Cezão e eu representa a concretização de um sonho, que foi a gravação do CD. Durante esse processo destaco a surpreendente bateria de Zé Roberto, que é de se louvar porque, em apenas cinco meses para pegar as músicas, ele não errou e conseguiu fazer um verdadeiro milagre. O Douglas foi responsável pelo arranjo das músicas do disco e o trabalho ficou muito bom. Falar do Cezar é redundante, ele é demais.
E o que você destaca como resultado desse produto?
Ver os jovens cantarem músicas como Black Jens é sensacional. Isso é uma grande recompensa.
A formação que gravou o disco pode ser considerada pertencente de uma fase clássica da banda?
Não sei dizer se foi uma formação clássica, mas ela atuou em uma época em que fizemos coisas importantes. Ganhamos público, gravamos um disco, vivemos o blues.
A Big Bat Blues Band tem um público cativo e durante os anos o número de pessoas que acompanham a banda aumentou, fato que levou a Big Bat para vários lugares. Quais são os melhores momentos que você pode destacar nesses 15 anos?
Nossa apresentação na Feira da Comunidade, na Praça do Papa, em 1998, foi uma das melhores apresentações da Big Bat Blues Band. Outro show que lembro com alegria foi o que fizemos com o gaitista carioca Jefferson Gonçalvez, em 2007. Nessa oportunidade acredito que houve um amadurecimento da banda nos quesitos postura de palco e produção de show. Nós sempre tivemos uma ótima postura nos shows, mas acho que agora conseguimos o profissionalismo.
Não posso deixar de comentar também dois dos melhores momentos da Big Bat, que foi quando nós nos apresentamos no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Tocamos em 2005 e 2006 e, no último ano, fizemos uma apresentação depois da Prado Blues Band. O Festival tem uma característica importante. Ele nos conecta com diversos bluesmen brasileiros e norte-americanos. Os contatos são ampliados.
Completando os momentos inesquecíveis, em 2005 fizemos um show no Teatro Universitário, na Ufes, para o lançamento do site da banda, em seguida o lançamento do disco, no Ilha Acústico. No ano de 2006 fomos tocar em Brasília e fizemos outro show no teatro, o Tributo ao Chuck Berry.
A Big Bat Blues Band passou por momentos incríveis e muito disso se deve às amizades que a banda formou durante os anos. O que estamos colhendo agora é fruto desses amigos que fizemos por causa do blues.
Como você analisa a Big Bat nessa nova formação, iniciada em 2007?
A Big Bat hoje está diferente. Demos mais “voz” às guitarras e aproveitamos o tempo para tirar músicas, escutar muito blues tradicional e coisas atuais. Pretendemos sair mais do Estado para tocar. Acho que essa postura de buscar novos palcos é necessária para a banda.
Atualmente a Big Bat Blues Band tem uma formação voltada para a guitarra e possui em seu escrete: Eugênio Goulart, Marcelo Maia, Cláudio França, Sandro Costa e Bruno Zanetti. O vocalista Eugênio concedeu a entrevista para o Blog Deadline7.
A história do blues é rodeada por lendas que envolvem animais, como a do Black Cat Bone e a do Little Red Roostes, mas de onde surgiu o nome Big Bat Blues Band?
O Cláudio tinha um Chevette preto, o primeiro carro que ele comprou, que lembrava um grande morcego. O Big Bat também lembra uma figura noturna, e o blues acontece à noite. Houve um período da banda em que queríamos mudar o nome do grupo, mas Big Bat ficou no inconsciente do público.
Como você e o Cláudio se conheceram e resolveram fazer blues?
Foi em 1991. Trabalhávamos na agência Criativa Propaganda e depois do serviço o Cláudio estacionava o Chevette, o Big Bat, na frente da minha casa para tocarmos o velho blues. Nessa época, o carro era uma figura importante para nós. Uma personalidade. Tanto é que deu nome à banda, futuramente.
Cantar coisas de 1920, 1930 ou 1940 era nossa paixão. Ninguém ouvia isso no rádio, mas, na noite, quando tocávamos, as pessoas viam aquilo e voltavam na outra semana, mesmo sem saber quem era Howlin' Wolf ou Elmore James. Vimos que podia dar certo. Nós gostávamos do som e estávamos agradando, então resolvemos continuar. Tínhamos autenticidade. O Fabinho, do Mahnimal, sempre fala que a Big Bat é uma banda que tem um estilo e é fiel a ele. Cantamos coisas de fora, mas fazemos do nosso jeito.
Em 2003 vocês gravaram o disco TODODIAÉDIADEBLUES e lançaram no ano de 2005. O que a formação que gravou o disco representa para a banda?
A formação com Zé Roberto, Eliezer, Douglas, Cláudio, Cezão e eu representa a concretização de um sonho, que foi a gravação do CD. Durante esse processo destaco a surpreendente bateria de Zé Roberto, que é de se louvar porque, em apenas cinco meses para pegar as músicas, ele não errou e conseguiu fazer um verdadeiro milagre. O Douglas foi responsável pelo arranjo das músicas do disco e o trabalho ficou muito bom. Falar do Cezar é redundante, ele é demais.
E o que você destaca como resultado desse produto?
Ver os jovens cantarem músicas como Black Jens é sensacional. Isso é uma grande recompensa.
A formação que gravou o disco pode ser considerada pertencente de uma fase clássica da banda?
Não sei dizer se foi uma formação clássica, mas ela atuou em uma época em que fizemos coisas importantes. Ganhamos público, gravamos um disco, vivemos o blues.
A Big Bat Blues Band tem um público cativo e durante os anos o número de pessoas que acompanham a banda aumentou, fato que levou a Big Bat para vários lugares. Quais são os melhores momentos que você pode destacar nesses 15 anos?
Nossa apresentação na Feira da Comunidade, na Praça do Papa, em 1998, foi uma das melhores apresentações da Big Bat Blues Band. Outro show que lembro com alegria foi o que fizemos com o gaitista carioca Jefferson Gonçalvez, em 2007. Nessa oportunidade acredito que houve um amadurecimento da banda nos quesitos postura de palco e produção de show. Nós sempre tivemos uma ótima postura nos shows, mas acho que agora conseguimos o profissionalismo.
Não posso deixar de comentar também dois dos melhores momentos da Big Bat, que foi quando nós nos apresentamos no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Tocamos em 2005 e 2006 e, no último ano, fizemos uma apresentação depois da Prado Blues Band. O Festival tem uma característica importante. Ele nos conecta com diversos bluesmen brasileiros e norte-americanos. Os contatos são ampliados.
Completando os momentos inesquecíveis, em 2005 fizemos um show no Teatro Universitário, na Ufes, para o lançamento do site da banda, em seguida o lançamento do disco, no Ilha Acústico. No ano de 2006 fomos tocar em Brasília e fizemos outro show no teatro, o Tributo ao Chuck Berry.
A Big Bat Blues Band passou por momentos incríveis e muito disso se deve às amizades que a banda formou durante os anos. O que estamos colhendo agora é fruto desses amigos que fizemos por causa do blues.
Como você analisa a Big Bat nessa nova formação, iniciada em 2007?
A Big Bat hoje está diferente. Demos mais “voz” às guitarras e aproveitamos o tempo para tirar músicas, escutar muito blues tradicional e coisas atuais. Pretendemos sair mais do Estado para tocar. Acho que essa postura de buscar novos palcos é necessária para a banda.
3 comentários:
CAROS AMIGOS FALTA NO SEU SITE A AGENDA COM PROXIMOS SHOWS, POR FAVOR ME INFORMEM NO EMAIL pablocobra@gmail.com
favor informar data de proximo show
Your blog keeps getting better and better! Your older articles are not as good as newer ones you have a lot more creativity and originality now keep it up!
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