quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Deadline Entrevista: "Urublues"
Nascida em meio à efervescência cultural do campus universitário de Goiabeiras, perto do mangue e fincada no conhecimento dado pela Ufes, a banda Urublues é a progenitora do movimento blues no Estado. Foi a primeira banda a usar o termo cunhado pelos negros do Mississippi em seu nome e o primeiro grupo capixaba a lançar um disco, em CD. As realizações da banda traduzem sua importância para a cena. Eles já dividiram palco com o Barão Vermelho, Lulu Santos e foram a única banda do Espírito Santo a tocar no Festival de Blues de Ouro Preto, em Minas Gerais.
O vocalista da Urublues Cauby Figueiredo fala casos sobre a banda, desde seu início, passagens marcantes por festivais e o que a banda espera fazer quando completar seus 20 anos, em 2008.
Em 1992, depois da gravação do disco, o Getulio e o Rodrigo saíram da banda e deram lugar para o Waninho, baterista, e o Dodó Lee Jones, nosso baixista. Estreamos essa formação no Rock'n'Lama, o festival de música que aconteceu na Rua da Lama, em Jardim da Penha.
Realmente foram vários músicos que tocaram bateria no Urublues. Depois do Waninho, assumiram o posto os bateristas Sérgio Melo, Gabriel Ruy, Luiger Lima e Odair Stocco. Atualmente tocamos com o Heitor Nogueira.
Em abril de 1995 fomos a única banda capixaba a tocar no Festival de Blues de Ouro Preto, em Minas Gerais. Esse evento é conhecido pela restrição a bandas de outros Estados. Os grupos brasileiros que se apresentam lá, normalmente, são mineiros e nós quebramos essa regra. Também tocamos na Bahia, na Praia de Cumuruxatiba, um verdadeiro paraíso.
Em 1996 abrimos o show do Barão Vermelho, na antiga boate Zoom, tocamos com Tribo de Jah e Celso Blues Boy. No Festival de Alegre tocamos também com o Lulu Santos e dessa vez aconteceu um dos momentos mais inusitados da carreira da Urublues.
No dia, como acontece de costume nos festivais, as bandas se atrasaram e o Lulu quis tocar antes de nós. Ficamos preocupados pois ele era a principal atração da noite e o fato de ele tocar antes poderia nos deixar sem público. Mas quando terminou o show, entrei no palco e chamei a atenção da platéia dizendo: Queria agradecer ao amigo Lulu Santos por abrir o show da Urublues. Obrigado, Lulu!
Fizemos um grande show, o Lulu Santo ficou revoltado, dizem que ele quis subir no palco para tirar satisfação comigo, mas não deixaram. Apesar da bela apresentação, nós nunca mais voltamos a tocar no Festival de Alegre.
O nosso segundo disco demorou três anos para sair. Os integrantes já tinham formado família, os tempos eram outros. Quando nós íamos perder o benefício da lei, a produtora Denise Martins conseguiu emplacar nosso projeto. E o disco foi lançado em 2003, na extinta boate Stravaganza.
Quero fazer o show Twenty Years After ao lado da banda Lordose pra Leão, que é parceira do Urublues desde os tempos de Ufes, realizar o sonho de tocar no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras e gravar mais um CD.
Temos um desafio também. Nós sempre tivemos um trabalho autoral, mas agora queremos agregar a isso algumas músicas clássicas do blues. Sentimos a necessidade de tocar músicas de B. B. King, Stevie Ray Vaughn, Wilson Picket e muito outros.
MySpace Urublues
http://www.myspace.com/urubluesrock
domingo, 25 de maio de 2008
Deadline Recomenda: "Albert Collins"
Nascido em Leona, Texas, Collins formou sua primeira banda em 1952, e dois anos depois já era a atração principal em vários clubes de blues Houston, Texas. No final dos anos 50, ele escolheu a Fender Telecaster como seu equipamento, e desenvolveu um estilo único com afinações em tons menores, notas sustentadas e atacadas com os dedos da mão direita. Ele também freqüentemente usava um capotraste em sua guitarra, particularmente na 5a., 7a. e 9a. casa.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Rio das Ostras Jazz & Blues 2008
Festival reúne o melhor do jazz e do blues nacional e internacional. O balneário fluminense de Rio das Ostras sedia, entre 21 e 25 de maio, a sexta edição do Rio das Ostras Jazz & Blues. O evento, apontado pela revista especializada Down Beat como com o um dos melhores festivais do gênero no mundo, vai apresentar uma seleção de grandes intérpretes e instrumentistas. Os shows são gratuitos e acontecerão em três palcos - Praia da Tartaruga, Lagoa de Iriry e na Cidade do Jazz e do Blues, em Costazul.
O Rio das Ostras Jazz & Blues acontece desde 2003. Realizado pela Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio da Prefeitura de Rio das Ostras, com produção de Stenio Mattos (Azul Produções), apresentou ao longo de suas cinco edições músicos como Stanley Jordan, Jane Monheit, John Scofield, Mike Stern, Richard Bona, James Carter, T.S. Monk, Robben Ford, Ravi Coltrane, Roy Rogers, Stefon Harris, Dom Salvador, Luciana Souza, Yamandú Costa, Romero Lubambo, Naná Vasconcellos, Sérgio Dias, Hamilton de Holanda, Celso Blues Boy, Léo Gandelman e Egberto Gismonti entre outros importantes artistas nacionais e internacionais.
Sua marca registrada é a mistura de estilos e tendências musicais, formando um painel do que há de mais importante no cenário do blues e do jazz no Brasil e no exterior. Em 2007, o festival reuniu na Cidade do Jazz e do Blues um público de aproximadamente 60 mil pessoas durante os cinco dias de evento. Para 2008, a expectativa é de 20 mil pessoas por dia.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Nasce o projeto Red Rooster
O Red Rooster é um quarteto formado por Rodrigo Rezende, o vovô (vocal e gaita); Rafael de Almeida, o boi (baixo); Rodolpho Santos (guitarra); e Rodrigo Pires, o china (bateria). A banda tem influências diversas, que passeiam por estilos como o blues, o hillbilly, o rockabilly e o jazz.
I have a little red rooster, too lazy to crow for day.
Keep everything in the barnyard, upset in every way.”
...
http://redroosterproject.blogspot.com/
domingo, 18 de maio de 2008
Deadline Recomenda: "Albert King"
Albert foi um influente guitarrista e cantor americano de blues. Um dos "Três Kings" da guitarra Blues (junto com B.B. King e Freddie King), ele possuía uma figura imponente de 1,93m de altura e 118 kg. Ele nasceu Albert Nelson em uma família humilde em Indianola, Mississipi, em uma plantação de algodão onde trabalhou na sua juventude. Uma de suas primeiras influências musicais foi o pai, Will Nelson, que tocava guitarra. Durante sua infância, ele também cantava gospel em uma igreja local. Albert começou sua carreira profissional em um grupo chamado In the Groove Boys, em Osceola, Arkansas.
Seu primeiro sucesso foi "I'm A Lonely Man", lançado em 1959. Entretanto, foi apenas em 1961 com o lançamento de "Don't Throw Your Love On Me So Strong" que seu nome tornou-se conhecido. Em 1966 King assinou contrato com a famosa gravadora Stax Records, e em 1967 lançou seu lendário álbum Born Under A Bad Sign. Em 1968 ele foi contratado por Bill Graham para abrir os shows de John Mayall e Jimi Hendrix no Fillmore West, em San Francisco. A platéia logo descobriu de onde vinha a pegada blues de Mayall e Hendrix.
Albert King era canhoto e tocava uma guitarra Gibson Flying V virada de forma que as cordas graves ficavam para baixo. King usava suas próprias afinações estranhas, sobre as quais ainda há controvérsia. Um guitarrista com estilo "menos é mais", King era conhecido por conseguir tirar de uma única nota mais sentimento do que a maioria dos guitarristas conseguia de 1000.
Albert King influenciou milhares de guitarristas, incluindo músicos famosos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Mike Bloomfield, Stevie Ray Vaughan e Gary Moore. O solo de Eric Clapton na música "Strange Brew" (Cream, 1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música "Pretty Woman".
Albert King morreu em 21 de Dezembro de 1992, vítima de um ataque cardíaco em Memphis, Tennessee.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Deadline Entrevista: Eugênio Goulart (Big Bat Blues Band)
Atualmente a Big Bat Blues Band tem uma formação voltada para a guitarra e possui em seu escrete: Eugênio Goulart, Marcelo Maia, Cláudio França, Sandro Costa e Bruno Zanetti. O vocalista Eugênio concedeu a entrevista para o Blog Deadline7.
A história do blues é rodeada por lendas que envolvem animais, como a do Black Cat Bone e a do Little Red Roostes, mas de onde surgiu o nome Big Bat Blues Band?
O Cláudio tinha um Chevette preto, o primeiro carro que ele comprou, que lembrava um grande morcego. O Big Bat também lembra uma figura noturna, e o blues acontece à noite. Houve um período da banda em que queríamos mudar o nome do grupo, mas Big Bat ficou no inconsciente do público.
Como você e o Cláudio se conheceram e resolveram fazer blues?
Foi em 1991. Trabalhávamos na agência Criativa Propaganda e depois do serviço o Cláudio estacionava o Chevette, o Big Bat, na frente da minha casa para tocarmos o velho blues. Nessa época, o carro era uma figura importante para nós. Uma personalidade. Tanto é que deu nome à banda, futuramente.
Cantar coisas de 1920, 1930 ou 1940 era nossa paixão. Ninguém ouvia isso no rádio, mas, na noite, quando tocávamos, as pessoas viam aquilo e voltavam na outra semana, mesmo sem saber quem era Howlin' Wolf ou Elmore James. Vimos que podia dar certo. Nós gostávamos do som e estávamos agradando, então resolvemos continuar. Tínhamos autenticidade. O Fabinho, do Mahnimal, sempre fala que a Big Bat é uma banda que tem um estilo e é fiel a ele. Cantamos coisas de fora, mas fazemos do nosso jeito.
Em 2003 vocês gravaram o disco TODODIAÉDIADEBLUES e lançaram no ano de 2005. O que a formação que gravou o disco representa para a banda?
A formação com Zé Roberto, Eliezer, Douglas, Cláudio, Cezão e eu representa a concretização de um sonho, que foi a gravação do CD. Durante esse processo destaco a surpreendente bateria de Zé Roberto, que é de se louvar porque, em apenas cinco meses para pegar as músicas, ele não errou e conseguiu fazer um verdadeiro milagre. O Douglas foi responsável pelo arranjo das músicas do disco e o trabalho ficou muito bom. Falar do Cezar é redundante, ele é demais.
E o que você destaca como resultado desse produto?
Ver os jovens cantarem músicas como Black Jens é sensacional. Isso é uma grande recompensa.
A formação que gravou o disco pode ser considerada pertencente de uma fase clássica da banda?
Não sei dizer se foi uma formação clássica, mas ela atuou em uma época em que fizemos coisas importantes. Ganhamos público, gravamos um disco, vivemos o blues.
A Big Bat Blues Band tem um público cativo e durante os anos o número de pessoas que acompanham a banda aumentou, fato que levou a Big Bat para vários lugares. Quais são os melhores momentos que você pode destacar nesses 15 anos?
Nossa apresentação na Feira da Comunidade, na Praça do Papa, em 1998, foi uma das melhores apresentações da Big Bat Blues Band. Outro show que lembro com alegria foi o que fizemos com o gaitista carioca Jefferson Gonçalvez, em 2007. Nessa oportunidade acredito que houve um amadurecimento da banda nos quesitos postura de palco e produção de show. Nós sempre tivemos uma ótima postura nos shows, mas acho que agora conseguimos o profissionalismo.
Não posso deixar de comentar também dois dos melhores momentos da Big Bat, que foi quando nós nos apresentamos no Festival de Blues e Jazz de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Tocamos em 2005 e 2006 e, no último ano, fizemos uma apresentação depois da Prado Blues Band. O Festival tem uma característica importante. Ele nos conecta com diversos bluesmen brasileiros e norte-americanos. Os contatos são ampliados.
Completando os momentos inesquecíveis, em 2005 fizemos um show no Teatro Universitário, na Ufes, para o lançamento do site da banda, em seguida o lançamento do disco, no Ilha Acústico. No ano de 2006 fomos tocar em Brasília e fizemos outro show no teatro, o Tributo ao Chuck Berry.
A Big Bat Blues Band passou por momentos incríveis e muito disso se deve às amizades que a banda formou durante os anos. O que estamos colhendo agora é fruto desses amigos que fizemos por causa do blues.
Como você analisa a Big Bat nessa nova formação, iniciada em 2007?
A Big Bat hoje está diferente. Demos mais “voz” às guitarras e aproveitamos o tempo para tirar músicas, escutar muito blues tradicional e coisas atuais. Pretendemos sair mais do Estado para tocar. Acho que essa postura de buscar novos palcos é necessária para a banda.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Estão abertas as inscrições para o REC
Os cineastas universitários concorrem com suas obras às categorias de: Melhor vídeo, Melhor vídeo documentário, Melhor ficção, Melhor animação, Melhor vídeo clipe/vídeo arte e o Melhor vídeo do júri popular, Melhor vídeo publicitário e, a categoria estreante, Melhor Vídeo Arte ou Apitaço.
Os vídeos produzidos devem ter no máximo 20 minutos de duração. Para a categoria Melhor Vídeo publicitário, o tempo máximo é de 2 minutos. As inscrições podem ser feitas pelo site www.festivalrec.com.br ou na coordenação do curso de Comunicação Social da Faesa, no campus II, das 8h às 22h.
O 4º Festival REC acontece nos dias 27, 28 e 29 de agosto, no Cine Metrópolis e na Ufes, em Vitória. No ano passado, o Festival REC recebeu 160 vídeos enviados de 38 universidades brasileiras. A organização espera que mais de 250 vídeos sejam inscritos nesta quarta edição.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Hot Spot Blues Band lança o CD "Feeling Alright"
O disco, que sai pelo selo Blues Time Records, é uma comemoração à trajetória da banda e ao “Minas Blues Jam”, projeto criado por Gustavo. O CD vem com as participações especiais dos cariocas Big Joe Manfra (guitarra) e Jefferson Gonçalves (gaita), do paulista Robson Fernandes (gaita), e do mineiro Leandro Ferrari (gaita) entre outros.
Confira mais informações sobre a banda nos endereços abaixo.
www.myspace.com/hotspotbluesband
www.bluestimerecords.com
Chuck Berry confirma shows no Brasil
As datas de Rio e São Paulo podem ser invertidas, é o que afirma o HSBC Brasil (as datas estão trocadas no site oficial do músico). Um dos primeiros nomes a aparecer junto com o estouro do gênero nos anos 50, Chuck Berry lançou seu últimos disco de inéditas nos anos 80, mas constantemente entra em turnê.
Chuck Berry, autor de grandes clássicos do rock como "Roll over Beethoven", "Johnny B. Goode" e "Sweet little sixteen", já passou pelo Brasil em 1993, durante o extinto festival Free Jazz - que também teve Little Richard na programação.
domingo, 11 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Johnny Rivers faz o rock na Ilha
Quando: Sábado, dia 10, às 22h
Onde: Ginásio do Álvares Cabral, Av. Beira-Mar, Bento Ferreira, Vitória
Ingressos: R$ 500 (mesa para 4 pessoas), R$ 90 (arquibancada/ inteira), R$ 45 (arquibancada/ meia) e R$ 60 (promocional, para assinantes de A GAZETA).
Pontos de venda: Óticas Londres (nas filiais da Rua Gama Rosa, Praça Costa Pereira e Av. Reta da Penha, em Vitória). Ingressos pelo Clube do Assinante devem ser adquiridos na sede da Rede Gazeta, na Ilha de Monte Belo.
Informações: (27) 3321-8699.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Ava Araújo dá entrevista a site de Jazz
“Sinto uma grande resistência das pessoas em diversificar mais a audição, abrir mais as perspectivas, até pra serem mais jazzistas também. E não é só aqui no Espírito Santo que sinto isso. Conheço músicos que não ouvem o trabalho de ninguém que não seja ícone do jazz e norte americano ou brasileiro muito famoso aqui no Brasil”, salienta a cantora que começo a carreira nos anos noventa.
Em 1993, Ava montou uma parceria com o guitarrista porto-alegrense Jacques Correa, que morava em Brasília. “O cara logo sacou que meu lance era sério. Eu não estava fazendo música por diversão. Então ele me abandonou, digamos assim. Aí eu fiquei atordoada. Queria começar minha carreira e tinha que ser com um músico qualificado, preparado, mas que aceitasse trabalhar com uma iniciante. Fui atrás de conhecer os professores da Escola de Música de Brasília e lá encontrei o violonista Paulo André Tavares, que considero um dos grandes músicos brasileiros”, conta Ava, em sua entrevista ao site do Clube do Jazz.
Veja Ava Araújo na Internet nos endereços abaixo:
www.myspace.com/araujoava
www.mpb.com/avaaraujo
www.musicexpress.com.br/avaaraujo
www.blogdaava.blogspot.com
terça-feira, 6 de maio de 2008
Podcast Yazoo Radio: pela rota lamacenta do blues...
Click here to get your own player.
domingo, 4 de maio de 2008
Deadline Blues: "Howlin' Wolf"
[...] Temido pelos músicos, adulado pela crítica, o Lobo nasceu com o nome de Chester Arthur Burnett (em homenagem ao Presidente Chester A. Arthur) no ano de de 1910, na cidadezinha de West Point, próxima de Aberden, Mississippi. Os pais trabalhavam na lavoura e Chester seria também fazendeiro e só se tornaria músico profissional no final dos anos 40. O seu encontro com a música se deu através do bluesman Charley Patton, companheiro de Robert Johnson, uma verdadeira fera que nunca recebeu o reconhecimento que merece. [...] p.114, 115 MUGGIATI, Roberto. Blues da Lama a fama.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Agenda da semana
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Deadline Entrevista: "Fábio Mattos"
Fábio Mattos nasceu em Colatina, Espírito Santo, no dia 1º de fevereiro do ano de 1960. Ele veio de uma família de músicos pianistas e vivenciou o poder da música desde o berço. Escutou bossa nova, jazz, rock'n'roll e blues. Começou no violão aos 12 anos. Mais tarde estudou com grandes nomes da música capixaba. Aprendeu, também, guitarra e saxofone, e não se considera um bom instrumentista, mas sua voz vem do fundo da alma.
Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o compositor e músico multifacetado Fábio Mattos fala sobre seus trabalhos e caracteriza sua forma de fazer blues.
Meu trabalho com o blues começou em 1998. Fiz um repertório para participar do Festival Universitario, o FUI, mas acabei não tocando. Com esse material na mão gravei, em 1999, o disco Já recebi seu recado, com incentivo da Lei Rubem Braga.
Em 1992 fiz o disco instrumental Atrás da retina. Em 1994, lancei
Desta vez contei com o patrocínio da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), que, em troca de dois shows de final de ano, rendeu-me a produção do disco. Eles me cederam a verba para fazer o CD e eu, de contrapartida, tive que fazer dois shows para a empresa. Vou tocar para mais de 14.000 funcionários.
A minha banda para este disco tem a participação de Douglas Chagas, na guitarra; Cezar Távora, na gaita; J. B., na bateria; Presuntinho, no baixo; Alexandre Matos e Roger Bezerra, nos teclados.
Neste disco, além dessa grande banda, tenho como convidados o guitarrista Murilo Godói, a cantora Kátia Brinco, a banda Dallas Company e o vocalista Adolfo Oleari.
Faço música brasileira com influência de blues. Não toco o chamado blues tradicional, acho que só quem pode tocá-lo são as pessoas que viveram o período de dificuldades que os negros passaram. O que nós fazemos é uma verdadeira homenagem a esse estilo tão rico.
Quero gravar um disco em homenagem aos grandes bluesmen da história. Já conversei com o Douglas e ele certamente será o arranjador do álbum. O lance do blues tradicional deve rolar. É um movimento que devo realizar daqui a alguns anos.