quarta-feira, 30 de maio de 2007

O futuro dos jornais: a definição de personas


TECNOLOGIA. De acordo com os estudos sobre o futuro dos jornais, patrocinado pela Associação Mundial de Jornais, as empresas estão desconectadas de seus leitores, perderam segmentos inteiros e não sabem qual a cobertura desejada por eles. No entanto, outras empresas de mídia desenvolvem estratégias editorias para melhor atingir o consumidor.

É cada vez mais comum o estudo das preferências dos leitores quanto aos tipos de notícia e o momento que ela é passada ao longo do dia. No Japão, algumas empresas estudam medidas para cobrir o período do dia em que o jornal não é lido.

Outros jornais, como o The New York Times, já definem os tipos de ‘personas’ que possuem os leitores. Nessa pesquisa foram destacadas seis perfis de leitores do site do jornal, que são o fanático por notícia, o pesquisador, o planejador, o leitor de um jornal impresso, o leitor interessado na última notícia e o que consulta o site varias vezes ao dia. Definidas as características do leitor, o Times se preocupou em oferecer informações personalizadas.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Revolução da informação


TECNOLOGIA. Devido às mudanças tecnológicas o mundo vive uma revolução no processo de produção de informação e de conhecimento. Hoje, é muito comum ouvir o termo Aldeia Global nas discussões sobre o futuro da mídia dentro da sociedade. Esse termo, conceituado pelo sociólogo canadense Marshall McLuhan, quer dizer que por conta dos avanços tecnológicos as distancias para os indivíduos se comunicarem foram reduzidas, por isso dá-se o nome de aldeia.

Com a popularização da Internet e do celular, e com a presença cada vez mais intensa, da TV Interativa, da TV On-line (Web TV), dos vídeos on-line (vodcast), dos arquivos de áudio on-line (podcast), das mensagens instantâneas (SMS), dos Blogs e do Voz sobre IP (VOIP) no cotidiano das pessoas, foi promovida a criação de uma nova cultura, a digital, no universo das relações interpessoais e no mercado das comunicações.

Surge aí uma revolução na maneira como as pessoas adquirem e trocam informações e como conseqüência disso, começam a aparecer no mercado novos modelos de negócios. O maior exemplo dessa revolução é o gigante Google, que é o maior site de busca da Internet e que, com apenas oito anos de existência, possui ações na bolsa eletrônica Nasdaq superiores a 500 dólares, à frente de outros gigantes como Intel, IBM e Dell.

Frente a esse efeito causado pelos novos meios de comunicação de massa, os tradicionais veículos de informação (rádio, jornal impresso, televisão...) buscam se adaptar a nova realidade de mercado para não perderem espaço, e sim, acompanharem o progresso. No entanto, fatos recentes mostram que na França houve redução nas vendas de jornais e nas receitas com publicidade devido a concorrência com os jornais gratuitos e com a Internet. De contrapartida, a imprensa local foi a única poupada do crescimento desse novos concorrentes. Ela conseguiu capturar a receita dos pequenos anúncios que desertaram dos jornais nacionais.

Em 2005, a difusão dos jornais no mundo aumentou em 0,56%. Mas esse aumento ocorreu apenas na Ásia. No ocidente, o desafio é a chegada dos jornais gratuitos, que já são realidade em alguns países, como a Espanha que tem 51% de participação nesse mercado. Portugal, Dinamarca e Itália ainda engrossam o coro a nova modalidade do mercado de mídia
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Dentro da geração usuários dos meios de comunicação gratuitos, o destaque são os jovens, que representam os maiores consumidores da informação via Internet e via jornais gratuitos. Na análise demográfica realizada polo jornal japonês Asahi Shinbum, em 2005, constatou-se que 35% de pessoas entre 19 e 30 anos buscam informações pela Internet e pelos celulares, já pessoas entre 50 e 60 anos registraram apenas 6%.

Segundo dados do Ibope, o Brasil soma 11,4 milhões internautas ativos. No entanto, a barreira econômica impede a popularização da Internet no país, pois, 80% dos usuários fazem parte da classe social A e apenas 10% representam as classes D e E.

As discrepâncias entre Brasil e Japão são grandes em termos tecnológicos e sua popularização, mas a discussão sobre a revolução da informação é extensa e abrange todo o mundo. Nos Estados Unidos o jornal The Economist , na reportagem ‘Quem matou os jornais?’ diz que a publicidade dos sites dos jornais americanos aumentou 35% do 1º trimestre de 2005 em relação ao 2º trimestre de 2006 e a publicidade impressa do Wall Street Journal é apenas 3 vezes a da versão on-line, que é paga. A presença das informações on-line e dos jornais gratuitos ganham notoriedade no mercado e, segundo o diretor do Metro (o maior jornal gratuito da Europa), no futuro, só as edições de fim de semana serão pagas. As edições dos dias úteis serão gratuitas e com menor conteúdo editorial.

Reposta
. Já que a indústria da mídia passa por um gigantesco desafio, cabe a ela responder rapidamente a essa competição e se adaptar ao processo digital. E para isso, o objetivo é unir os meios de comunicação, dando mais espaço a produção multimídia e, como exemplo, a integração do processo de publicação e produção das edições impressas e Internet.

Essa nova estrutura, que deve servir de base para todos os meios, acontece no jornal internacional de finanças, o Finalcial Times, que, com a integração das redações, apresentou mudanças no processo de produção como a simplificação de suas edições, o aumento da produção na Internet e fragmentação do quadro de funcionários, onde todos trabalham para impresso e Internet.